terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sustentando a Ética!!!

Dom Manuel Edmilson da Cruz em seu discurso no Senado. "Votar em político corrupto é votar na morte"

O aumento salarial de 62% que os parlamentares deram a si mesmos na última semana é, para o bispo Dom Manuel Edmilson da Cruz, equivalente a um crime com morte. O bispo de Limoeiro do Norte (CE) foi ao Senado nesta terça-feira (21) para receber uma homenagem, mas recusou-a e passou sermão nos presentes.

Dom Edmilson foi convidado a receber a Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, que foi entregue pela primeira vez no Senado. Aos 86 anos, ele explica por que encarou a viagem só para dar bronca nos senadores: "Se eu não fosse, não haveria o que houve. Não haveria uma palavra representando todo o povo brasileiro."

Leia a entrevista na íntegra.

Terra Magazine - Por que o senhor decidiu recusar o prêmio e fazer esse protesto em Brasília?
Dom Manuel Edmilson da Cruz - É muito claro. Quando você pensa nos brasileiros contribuintes, todos nós pagamos. Tiramos do nosso suor, do nosso trabalho, da nossa vida. Esse é um direito do contribuinte. E dizer que é uma homenagem a Dom Helder é outra coisa aberrante. Porque Dom Helder jamais pensaria assim. A vida dele foi o contrário de tudo isso.

E como foi a reação dos senadores?
O senador Cristovam Buarque aplaudiu assim que ouviu. Mas pouca gente estava lá. Outros fecharam um pouco o rosto e não gostaram, não! Acharam que não era o caso de dizer aquilo lá naquela ocasião. Mas a ocasião era aquela exatamente.

Por que o senhor foi a Brasília mesmo sabendo que não ia aceitar a homenagem?
Porque, se eu não fosse, não haveria o que houve. Não haveria uma palavra representando todo o povo brasileiro. O povo todo disse que aquilo sim era a palavra deles. Que eles se sentem felizes sendo cristãos por causa disso. Então o momento era aquele mesmo. Mas não é coisa arrogante, não. Eu falo é por amor.

O senhor acha que as pessoas deveriam protestar mais?
Acontece que, tirando exceções, a nossa política não pensa em povo. Pensa em época de eleições de um modo falso. Conhece os problemas, mas em teoria.

O senhor tem 86 anos. Já houve outras situações que o indignaram tanto?
Sim. É uma coisa muito pesada, mas eu já disse isso em Câmara, em Assembleia... Que votar em político corrupto é votar na morte. Isso está provado mais uma vez. Esses milhões que eles tiram da saúde estão matando gente. E na educação? Quando o menino não tem coisa para comer, mata a educação. E o transporte? Nas estradas todo o dia perdem a vida, os trechos esburacados. A pessoa perde a vida e o bandido leva o carro dela. Isso são crimes. Eu tenho aqui no bolso, vou ler para você a palavra de Deus, escrita há séculos. (Faz uma pausa para ler).

Eclesiastes capítulo 34, versículos 25 a 27: O pão dos indigentes é a vida dos pobres. Quem dele os priva é sanguinário. É assassino do próximo quem lhes rouba os meios de subsistência. Derrama sangue quem priva o assalariado de seu salário.

É isso que está acontecendo.

Em que outros casos o senhor ficou tão indignado como dessa vez
O caso do Paulo Maluf, por exemplo. É um celerado (sinônimo de criminoso). Eu não julgo a pessoa, pode ser até um santo filho de Deus, mas o que ele faz... Não é só de um cinismo. É celerado aquilo ali. O presidente do Senado (José Sarney), por exemplo. É um grande homem, mas tem aquelas acusações. Eu o admiro muito, mas o colocaram no Amapá. O que é que ele tem a ver com o Amapá? A família dele hoje também tem as mesmas consequências desastrosas. Eu estou falando assim com muita veemência, mas é também com muito amor. Rezo por ele todos os dias.

Mas o que falou que aconteceu no Maranhão?
Eu estava lá quando era bispo novo e ele (Sarney) ainda era governador. Ele desbancou lá. Estava fazendo aquilo que ele faz hoje, mas muito pior. Isso é que acaba com a vida de cada cidadão. Tem gente morrendo por causa disso. O SUS (Sistema Único de Saúde) é uma coisa maravilhosa, mas tem gente que espera dois anos para ser atendido e morre. Então é assassino mesmo. Não matou diretamente com um punhal, mas matou num processo que a pessoa nem percebeu. É pesado demais isso, eu fico morrendo de pena disso.

O senhor está otimista com o novo governo, que começa ano que vem?
Eu espero que sim. Eu não sou partido nem candidato, minha função é outra. Nem todo bispo pensa assim não, mas eu sustento que entre uma Igreja e poderes não pode haver ligação. Deve haver, sim, colaboração para o bem de todo o povo.

Então o senhor não gostou do que houve na eleição, quando vários religiosos tentaram influenciar o debate?
Não é função deles, não. Eu até entendo, mas na época de eleição lançar o problema do aborto... Foi uma coisa pouco pensada. Eu sei que foi com a melhor das intenções, mas não era o caso, não era o momento.

Até mesmo a orientação do Papa, que disse que a Igreja deveria dizer para os fiéis não votarem em quem fosse a favor do aborto?
Naquela hora não era para ser dito. Quando houve a Segunda Grande Guerra, houve aquela palavra forte do Papa Pio XI, a encíclica Mit brennender Sorge (que condenava o nazismo). Quando ela chegou à Polônia secretamente, o cardeal Adam Stefan Sapieha mandou queimar a palavra do Papa. Tem que dizer as coisas no momento exato. O cardeal nunca foi contra a palavra do Papa, mas ele viu que não poderia fazer aquilo porque iria haver muitas mortes contra os cristãos na Polônia. Então ele queimou na hora.
Dayanne Sousa - Terra Magazine

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Neste Natal, que tal optar por presentes que ajudem a fazer o bem para o planeta? Essa é a ideia defendida pelo Papai Noel Verde, criado pela equipe da revista Superinteressante, da Editora Abril. O bom velhinho ecológico oferece - num newsgame - dicas personalizadas de presentes que ajudam a diminuir o impacto ambiental daqueles que estão sendo presenteados.
Vamos tentar???? Link abaixo do vídeo.



http://super.abril.com.br/multimidia/newsgame-papai-noel-verde-descubra-presente-sustentavel-ideal-alguem-voce-gosta-610556.shtml

Preservemos este Brasil!

Foto: Carla Vignal
Foto: Carla Vignal

Tolerância zero! A única solução...

Todos nós nos revoltamos e não concordamos com as coisas erradas que existem e acontecem no país. O que a gente não tem consciência é do quanto somos peças importantes na solução desses problemas. Abaixo, segue uma seqüência de problemas e soluções que você pode praticar.

É fácil resolver a situação de violência no Brasil e só depende de nós, cidadãos brasileiros. A chave para a solução dos problemas atuais é a mesma que o prefeito de Nova Iorque usou há uma década: TOLERÂNCIA ZERO. Veja os 11 mandamentos:

1. Você acha um absurdo a corrupção da polícia?
Solução: NUNCA suborne nem aceite suborno!

2. Você acha um absurdo o roubo de carga, inclusive com assassinato dos motoristas?
Solução: EXIJA a nota fiscal em TODAS as suas compras!

3. Você acha um absurdo a desordem causada pelos camelôs?
Solução: NUNCA compre nada deles! A maior parte de suas mercadorias é de produtos roubados, falsificados ou sonegados.

4. Você acha um absurdo o poder dos marginais das favelas?
Solução: NÃO consuma drogas!

5. Você acha um absurdo o enriquecimento ilícito?
Solução: denuncie à Receita Federal aquele vizinho que enriquece repentinamente. Não o admire, repudie-o.

6. Você acha um absurdo a quantidade de pedintes no sinal ou de flanelinhas nas ruas?
Solução: NUNCA dê nada.

7. Você acha um absurdo que qualquer chuva alague a cidade?
Solução: jogue o LIXO no LIXO.

8. Você acha um absurdo haver cambistas para shows e espetáculos?
Solução: NÃO compre deles, ainda que não assista o evento.

9. Você acha um absurdo o trânsito da sua cidade?
Solução: NUNCA feche o cruzamento

10. Você está indignado com o desempenho de seus representantes na política?
Solução: Nunca mais vote neles e espalhe aos seus amigos seu desalento e o nome dos eleitos que o decepcionam.

Estamos passando por uma fase de falta de cidadania e patriotismo. Precisamos mudar nosso comportamento para que possamos viver num país onde tenhamos orgulho de dizer: EU SOU BRASILEIRO! Ficando parado, você não contribui com nada, portanto não pode reclamar.

Pratique os pontos com os quais você concordou, divulgue esta mensagem para seu mailing-list e você estará contribuindo para um Brasil melhor.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Empurrando com a barriga...

Chega ao fim a COP 16...  E vamos partir para a 17!!!!!

Cancun - Os mais de 190 países que participam da COP-16 adotaram um princípio de acordo pelo qual adiam o segundo período de vigência do Protocolo de Kioto e elevam a "ambição" para a redução de emissões de gases poluentes. Apenas Bolívia não concordou.
"Este é o resultado que as nossas sociedades estão esperando. Tomo nota da posição boliviana, que fica refletida na ata desta reunião", disse a presidente da conferência, Patricia Espinosa, aplaudida pelas delegações.
A Bolívia anunciou que recorrerá à Corte Internacional de Justiça de Haia para contestar o resultado da conferência por considerar que o acordo final violou o regulamento da ONU na aprovação dos documentos finais.

Sem metas

O documento proposto afirma a necessidade de maiores cortes nas emissões de carbono mas não estabelece um mecanismo para a redução.
Também estabelece o "Fundo Verde" que, até 2020, arrecadaria e distribuiria US$ 100 bilhões/ano para que os países em desenvolvimento possam  lidar com os impactos das mudanças climáticas e desenvolver economias mais verdes. O plano prevê um comitê de adaptação para ajudar os países a desenvolver planos de proteção e estabelecer parâmetros para financiamento de países que reduzirem seus índices de deflorestamento.

No entanto, a proposta é muito menos ousada do que muitos países esperavam e não deixa claro se qualquer de suas resoluções terá valor legal.

"Há muito para trabalharmos com o objetivo de conseguir um compromisso legal no encontro da África do Sul do ano que vem", disse Tara Rao, conselheira da ong ambientalista WWF.

sábado, 11 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tem dias que só assim...

Fone no ouvido, aumente o volume e esqueça o mundo lá fora!!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Segundo Tempo

A COP16 entra, hoje na segunda e decisiva semana.
Os acordos estão sendo alinhavados e, com a chegada dos ministros, espera-se um posicionamento mais definido de cada país.
A China e os Estados Unidos continuam empacando os avanços...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Copiei e colei

Texto de Nicole Oliveira
Coordenadora da Campanha de Clima do Greenpeace Brasil 
 
A frase “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima” nunca fez tanto sentido como na 16ª Conferência do Clima (COP16), que acontece em Cancún um ano após o fracasso da 15ª conferência em Copenhague.
As expectativas de se obter um consenso sobre as responsabilidades de cada país no controle do aquecimento global e um comprometimento legal entre eles são quase zero. O Greenpeace está na conferência e mantém a pressão sobre os governos. Siga-nos no Twitter e no Facebook para acompanhar o que acontece na COP16, ou entre direto no nosso site e no blog para ler as últimas notícias.
Os desastres ambientais causados pelas mudanças climáticas, como secas recordes e tempestades violentas, mostram que a demanda por um acordo de controle do aumento da temperatura global continua urgente.
Se os representantes de Estado não querem ficar com a imagem de que estão a passeio em Cancún, precisam avançar nos debates. Os pontos que queremos ver resolvidos englobam a decisão sobre o futuro do Protocolo de Kyoto, que vence em 2012, um fundo que financiará a adaptação dos países para uma economia de baixo carbono e mecanismos de proteção de florestas nativas (conhecido como REDD).