Cancun - Os mais de 190 países que participam da COP-16 adotaram um princípio de acordo pelo qual adiam o segundo período de vigência do Protocolo de Kioto e elevam a "ambição" para a redução de emissões de gases poluentes. Apenas Bolívia não concordou.
"Este é o resultado que as nossas sociedades estão esperando. Tomo nota da posição boliviana, que fica refletida na ata desta reunião", disse a presidente da conferência, Patricia Espinosa, aplaudida pelas delegações.
A Bolívia anunciou que recorrerá à Corte Internacional de Justiça de Haia para contestar o resultado da conferência por considerar que o acordo final violou o regulamento da ONU na aprovação dos documentos finais.Sem metas
O documento proposto afirma a necessidade de maiores cortes nas emissões de carbono mas não estabelece um mecanismo para a redução.
Também estabelece o "Fundo Verde" que, até 2020, arrecadaria e distribuiria US$ 100 bilhões/ano para que os países em desenvolvimento possam lidar com os impactos das mudanças climáticas e desenvolver economias mais verdes. O plano prevê um comitê de adaptação para ajudar os países a desenvolver planos de proteção e estabelecer parâmetros para financiamento de países que reduzirem seus índices de deflorestamento.
No entanto, a proposta é muito menos ousada do que muitos países esperavam e não deixa claro se qualquer de suas resoluções terá valor legal.
"Há muito para trabalharmos com o objetivo de conseguir um compromisso legal no encontro da África do Sul do ano que vem", disse Tara Rao, conselheira da ong ambientalista WWF.
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